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31 de dezembro de 2009

1 litro de pura emoção



Já faz um bom tempo que eu assisti Ichi Rittoru no Namida, mas no embalo do último post sobre a Erika Sawajiri e sobre o mangá que saiu nas bancas recentemente, resolvi relembrar um pouco do dorama mais comovente que já pude assistir.

Talvez Ichi Rittoru no Namida (ou "1 litro de lágrimas") pudesse ser mais um daqueles doramas orientais cheios de romances e histórias que envolve triângulos amorosos, mas vai bem além de tudo isso e traz uma história baseado em um fato real que traz lições de vida a todos aqueles que acompanharam sua história, sendo pelo dorama, pelo livro ou pelo mangá.

O dorama conta a história de Aya Kitou (na história a personagem se chama Aya Ikeuchi e é interpretada por Erika Sawajiri), possui vida simples, mora numa pequena casa onde nela vivem seu pai Mizuo, sua mãe Shioka, e seus irmãos Ako, Rika e Hiroki. É uma família grande, mas são sustentados pelo comércio de tofu que Mizuo possui, e pelo emprego de higienista de Shioka.

No entando Aya descobre que sofre de uma degeneração espinocerebelar, uma doença que evolui com o decorrer do tempo e que faz com que se perca os movimentos do corpo, a capacidade de falar, comer e escrever. Shioka não revela a doença para ninguém de imediato, nem mesmo para Aya, mas isso até a garota perceber que há algo de errado com o seu corpo. Os constantes tropeços que Aya sofre pelas ruas eram o que inicialmente preocupava muito sua mãe que imediatamente resolve leva-lá ao médico, e então se descobre a doença que mudaria a sua vida e a de todos ao seu redor.

Para uma menina de 15 anos o choque é inevitável. Em trechos do diário de Aya observa-se que antes de sua doença ela relatava um pouco do seu cotidiano, os primeiros sintomas até a trágica descoberta de sua doença. Muitas dessas frases também são expressas no dorama e facilmente somos comovidos pelo tamanho do desespero e angústia em suas palavras como "Por que esta doença me escolheu?", "Mãe, qual a razão da minha existência?" e "Quando penso no futuro, não consigo evitar de chorar".

Os colegas de sala de aula de Aya no início ajudam-na a se locomover pela escola, mas com o tempo isso vai atrapalhando o rendimento dos alunos por sempre terem que abrir mão de seus compromissos pessoais. No decorrer da série Aya percebe que suas dificuldades vão aumentado, e o preconceito se torna mais evidente dentre os colegas, e até dentro da própria família.

Ichi Rittoru no Namida sem dúvida é uma história que nos leva a refletir muito sobre a vida, o preconceito, a realidade. A partir das palavras que Aya escreve em seu diário você acompanha o seu amadurecimento em torno da sua doença e suas dificuldades, as mesmas palavras que vem ajudando pessoas ao redor do mundo com problemas similares, e que com certeza tem muito a acrescentar em nossas vidas.

Um comentário:

Piper disse...

Fechou o ano, com um post bem dramático. Adorei esse dorama, muito triste, e muitas lágrimas...